sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O PSD, 1ª Liga ou 2ª de Honra??

Estamos a atingir uma posição de quase clubismo onde o importa é ganhar e quando se perde troca-se de treinador.
Quando deveriamos andar preocupados em eleger programas, posições, linhas de rumo e soluções para um futuro promissor sustentado andamos a trocar avançados por defesas alternando por vezes pelo meio pelos que estão "à mama" como se diz na gíria.
O que nos interessa não é somente "ganhar" é construir e lutar por um país e um mundo melhor. Os que não entenderem isso estão no local errado, ou então estarei eu e os que pensem da mesma forma.
Por isso digo que a MFL de certa forma deu um rumo que importa seguir de futuro, um discurso de Verdade e honestidade para com o eleitorado sem promessas banais e populistas. Não é a líder certa??? Talvez não, mas não quer com isso dizer que esteja completamente errada e que deveremos agora trocar de novo as voltas ao partido e começar do zero.
É preciso sim, alguém que tenha o mesmo carisma e convicção com um pouco mais de dotes comunicativos e empatia com o eleitorado, que se consiga expressar melhor e passe a mensagem. Devemos apoia-la até Maio de 2010 e aguardar pela sucessão natural, dando e transmitindo estabilidade ao partido, coerência e verdade, não permitindo passar novamente a ideia dos "7 cães a um osso" mas sim dar espaço e tempo para que os futuros candidatos nos mostrem e ao resto do país daquilo que realmente são feitos e o que querem na verdade evitando mais tarde consequências e actos indesejáveis.

Publicado originalmente em http://sublegelibertas.wordpress.com/

André Aldeia

domingo, 27 de setembro de 2009

Seriedade política

Deverão por esta altura começar a surgir demarcações dentro do PSD contra Manuela Ferreira Leite. Li algures e acredito que os resultados das eleições são inconscientemente mais relacionados com a emoção do que com a razão. Um estudo feito nas eleições presidenciais dos EUA em 2004.
Não posso negar que faz algum sentido. Como seres humanos fazemos isso todos os dias, sobrepondo a emoção à razão muitas vezes. Pode não ser uma influência decisiva mas é com certeza marcante no nosso dia a dia, na nossa casa , no nosso grupo de amigos, no trabalho e também nos desígnios do país.
Sócrates é com toda a justeza um político com o dom da palavra e das emoções, teve a coragem de tomar decisões difíceis e enfrentar inúmeros ataques, independentemente de concordar com essas mesmas decisões e com a arrogância a que tal coragem por vezes o levou há que admitir essas virtudes. Tem agora a oportunidade de se manter no poder mais uma vez. Durante mais quatro anos não saberemos o que realmente aconteceu com o freeport, com o seu curso, com a TVI, com os projectos assinados na Guarda,as escrituras desaparecidas do arquivo da notária (a mesma de Vale e Azevedo) ou talvez nunca mesmo o iremos saber, como aconteceu com Mário Soares.
Mas quanto a mim estas eleições deverão ficar marcadas pelo que aconteceu durante a campanha eleitoral, pela nova forma como Manuela Ferreira Leite interviu e o que pediu aos portugueses. Não nos esqueçamos e não podemos pensar que o facto de o PSD não ter eleito o seu programa eleitoral e elegido uma maioria que seja uma foram de estar ou estratégia errada. A Drª Manuela Ferreira Leite nunca prometeu o que não podia cumprir, não quis entrar em promessas vãs, assumiu erros em situações que alguns "politólogos" condenaram mas provou quanto a mim a sua franqueza e forma simples de estar. Pena que muitos dos portugueses não tiveram inteligência para entender comentários como o de "dar empregos a Ucranianos, romenos, moçambicanos, etc.", não percebeu o "interregno da democracia" e pior foram alimentados por uma comunicação social que constituída por pessoas inteligentes não quiseram entender as declarações como figuras de estilo que eram mas como afirmações, porque assim sendo seriam notícia que obrigaria a resposta e a notícia de novo, tudo para puro alimento das redacções.
A Drª Manuela trouxe verdade ao combate político, trouxe seriedade e responsabilidade nos compromissos. Aos que brevemente se começarem a por em bicos de pés só espero que não descurem ou desprezem este exemplo. MFL tem mandato até Maio de 2010, já disse que será uma oposição responsável e honestamente não acredito que se volte a candidatar à presidência do PSD, deverá com certeza deixar espaço a outros candidatos fazendo de charneira a uma nova geração competente do PSD e de Portugal. Em Maio de 2010 escolheremos o novo(a) líder do PSD e em nome da estabilidade do partido e do respeito pela líder que tanto deu pelo país, tomemos-lhe o exemplo e seremos sérios, competentes e responsáveis honrando os nossos compromissos e desígnios transmitindo a estabilidade e coerência necessária ao país.

André Aldeia

Presidente da JSD Vila Nova de Poiares

domingo, 23 de agosto de 2009

Senhores Doutores...

Todos nós conhecemos e presenciamos com regularidade o fenómeno do Doutor ou Doutora em qualquer associação, instituição, departamento público e alguns sectores privados, embora estes últimos sejam mais sérios na atribuição deste tipo de graduações.
Ora, apesar do meu curto e até, ainda não muito conclusivo, percurso académico tenho o prazer de ter conhecido e convivido com várias pessoas, entre as quais alguns doutores. Mas quando falo em doutores refiro-me àqueles que concluíram com árduo trabalho um doutoramento universitário, após terem concluído uma licenciatura, um mestrado e alguns umas quantas pós graduações. Muitos deles já com alguns livros editados.
O grau académico de Doutor é algo que não está ao alcance do intelecto de qualquer um e muito menos dependente do mérito de apenas 4 ou 5 anos de estudos e formação universitária. Tanto falamos na necessidade de manter os cérebros do nosso pais por cá e ao mesmo tempo maltratamos uma classe ao banalizar o seu título. Não é que esse tipo de pessoas se importem realmente ou estudem e investiguem, sacrificando muitas vezes a sua vida pessoal para que os intitulem de doutores, mas não é por isso que deveremos faltar ao respeito a estes cérebros apenas para satisfazer o ego e falta de humildade dos milhares de licenciados, algumas vezes até incapazes de exercer as funções em campo prático e não teórico.
Ressalvo que acredito que muitos dos “Pseudo-Doutores” permitam que os tratem por tal como reflexo da sociedade e envolvidos num meio de ignorantes maus hábitos e que não tenham por isso o uso do título por qualquer motivo narcisista . Aceitam-no como um hábito já normal da sociedade em redor.
É por isso que urge, na minha opinião, alterar esta situação, trazendo mais humildade e seriedade ás instituições e reconhecer com consistência e veracidade o título de Doutor devidamente qualificado. Sendo que, por tradição e também definição da Língua Portuguesa se pode chamar de Doutor a um Licenciado em Ciências Médicas.
Qualquer pessoa que se esforça, atinge objectivos e patamares de carreira ou formação deve ser devidamente reconhecida por tal. Ao conferirmos quase que automaticamente a qualquer licenciado, muitos deles de cursos com médias de entrada de 10 valores, estamos a banalizar e retirar alguma importância aqueles que procuram outros horizontes. O ser humano é um animal de ambições que gosta de ser reconhecido pelo que é e pelo que faz, portanto deveremos manter cada macaco no seu galho deixando alguns méritos a quem de direito, deixando um estatuto de diferenciação positiva e reflexa de dedicação ser ocupado pelos seus dignos merecedores. Respeitemos os cérebros de Portugal.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Democracia ou uma espécie de ditadura

Passado quase um mês de uma data tão importante para o nosso pais , não deixa mesmo assim de ser importante lembrar o que comemoramos.

 

Há cerca de um mês todos gozamos dois feriados nacionais, o 25 de Abril e 1 de maio. Um dia que nos deveria lembrar a conquista da liberdade de expressão e a batalha por um estado social e democrata. Logo de seguida veio o dia do trabalhador, palco de tanta reivindicação dos trabalhadores. Mais uma conquista da nossa sociedade.

 

No entanto espanto-me que ao comemorá-los nos esquecemos do resto do ano. O nosso Primeiro Ministro é suspeito de estar envolvido num caso de favorecimento ilícito em troca de valores monetários. Saem notícias do seu tio, mais conhecido com “Tio de Sócrates” do que pelo seu nome, facilitar e fazer concursos públicos de envelope fechado de formas estranhas. Charles Smith que primeiro diz ter falado com Sócrates, na altura ministro do ambiente, agora já não falou nem viu, inclusive é um sósia do mesmo, Smith, no DVD divulgado. O primo de Sócrates, na altura menino bonito de Cascais ainda se tentou chegar a algum para o seu lado (não tivesse pelos vistos a família “abarbatado” o suficiente) e de repente estuda Kung Fu para lá do Sol Posto e não pensa em voltar antes do Natal. Para ver a família claro. Porque o facto de as eleições serem todas antes do natal não terá nada que ver.

 

Não sou do tipo de criar ou alimentar este tipo de discussões paralelas à real política nacional mas há limites. Um pseudo engenheiro trabalhador, que até se formou a um domingo, tanto trabalha o tipo, que tem dois apartamentos bem acima das posses de muitos contribuintes e do seu passado laboral, escrituras dos quais desapareceram dos arquivos da antiga conservadora de outro integro senhor, Vale e Azevedo.

 

E ninguém acha isto estranho. Começam a aparecer pressões nos mais diversos campos, desde os jornais, à televisão, na justiça. Eu admiro a coragem e a determinação de seguir o seu projecto governamental e pessoal , concorde ou não com o mesmo, mas os métodos começam a ser preocupantes.

 

Precisamos de mais consciência cívica no nosso pais, de mais interesse e menos queixume. Não vale a pena a lamentação se nada fazemos ou se fechamos os olhos a tanta coisa. 

terça-feira, 21 de abril de 2009

Texto original "És futuro..."

"És futuro, parte de uma nova geração, uma geração com qualidades, com valores, com capacidade de mudança mas uma geração que está parada.
É preciso agir, mostrar o nosso valor. Tens valores a dar, tens qualidades, tens voz, vontade e querer. Tens PODER.
Cada um de nós tem a capacidade para mudar um pouco deste mundo, todos juntos teremos ainda mais para mudar muito mais. Isso porque somos futuro, porque és futuro.

Vive-se neste momento uma crise de cidadania, de participação cívica, um período de descrença, não só entre nós, no nosso concelho mas em todo o país, na sociedade em geral. Tu podes fazer algo, fazer algo pelos outros, por nós e também por ti, auto valorizar-te, valorizares o todo.
Não somos como outrora o disseram uma geração sem futuro, uma geração rasca, somos sim uma geração com talentos, com novos talentos, novas tecnologias, novos trunfos, novas ideias, uma geração que tem a obrigação e a capacidade para trazer a seriedade e a responsabilidade de novo ao país, à sociedade e à política.
Não lutamos nem está na hora de lutar em nome do poder, dos partidarismos, temos de lutar por um futuro, lutar e vestir a camisola, não a do facciosismo obsessivo mas como diria o ainda presidente Jaime Soares, vestir a camisola poiarense, a camisola do distrito, de Portugal, vestir com orgulho e pelo futuro. Lutar por um conjunto de ideias e afirmações, contrariar, justificar, exigir do que está errado e dinamizar. Por uma política de honestidade, de valor e real preocupação com o verdadeiro cerne da questão... TU, eu, nós, todos... a sociedade, a nossa qualidade de vida. A construção do nosso espaço, do nosso futuro, das nossas condições e também dos que virão depois de nós.
Importa criar novos valores e acima de tudo valorizar, valorizar quem temos, o que temos e acima de tudo, o que queremos.
Há uma aparente falta de ambição positiva, uma falta de objectivos. Chega de criticar, chega de olhar para trás, chega de melancolia, de critica compulsiva... está na altura de propor, de sugerir, de agir, está na altura de olhar em frente, de olhar para o futuro..."

Setembro de 2005