Passado quase um mês de uma data tão importante para o nosso pais , não deixa mesmo assim de ser importante lembrar o que comemoramos.
Há cerca de um mês todos gozamos dois feriados nacionais, o 25 de Abril e 1 de maio. Um dia que nos deveria lembrar a conquista da liberdade de expressão e a batalha por um estado social e democrata. Logo de seguida veio o dia do trabalhador, palco de tanta reivindicação dos trabalhadores. Mais uma conquista da nossa sociedade.
No entanto espanto-me que ao comemorá-los nos esquecemos do resto do ano. O nosso Primeiro Ministro é suspeito de estar envolvido num caso de favorecimento ilícito em troca de valores monetários. Saem notícias do seu tio, mais conhecido com “Tio de Sócrates” do que pelo seu nome, facilitar e fazer concursos públicos de envelope fechado de formas estranhas. Charles Smith que primeiro diz ter falado com Sócrates, na altura ministro do ambiente, agora já não falou nem viu, inclusive é um sósia do mesmo, Smith, no DVD divulgado. O primo de Sócrates, na altura menino bonito de Cascais ainda se tentou chegar a algum para o seu lado (não tivesse pelos vistos a família “abarbatado” o suficiente) e de repente estuda Kung Fu para lá do Sol Posto e não pensa em voltar antes do Natal. Para ver a família claro. Porque o facto de as eleições serem todas antes do natal não terá nada que ver.
Não sou do tipo de criar ou alimentar este tipo de discussões paralelas à real política nacional mas há limites. Um pseudo engenheiro trabalhador, que até se formou a um domingo, tanto trabalha o tipo, que tem dois apartamentos bem acima das posses de muitos contribuintes e do seu passado laboral, escrituras dos quais desapareceram dos arquivos da antiga conservadora de outro integro senhor, Vale e Azevedo.
E ninguém acha isto estranho. Começam a aparecer pressões nos mais diversos campos, desde os jornais, à televisão, na justiça. Eu admiro a coragem e a determinação de seguir o seu projecto governamental e pessoal , concorde ou não com o mesmo, mas os métodos começam a ser preocupantes.
Precisamos de mais consciência cívica no nosso pais, de mais interesse e menos queixume. Não vale a pena a lamentação se nada fazemos ou se fechamos os olhos a tanta coisa.
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